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27 de maio de 2012

Nota da semana.

Mais um pôr-do-sol que inebria o céu, mais um dia que se põe e vai me fazendo lembrar que os dias vão eternamente e voltam reciclando a vida, as pessoas, os corações, as almas. As estrelas surgem silenciosamente disfarçadamente nos mostrando a força do breu, a intensidade do silêncio, do negro, do infinito não visto, mas sentido. Fazendo tudo ser mais vivo, mais intenso, mais real apesar da aparência mágica e ilusória, deixando tudo simplesmente ser.
O silêncio do infinito incomoda, a intensidade do breu grita, o sofrimento futuro pulsa  no oco da alma preenchida pelo presente. É o medo da não felicidade, é o medo da não magia paralela, é o medo da perda do que nunca se teve e do que não se tem, mas que se acha ter.
Este é o coração preenchido do que sempre desejou, mas nunca satisfeito por que ainda é humano e tem sede do mundo, do tudo, do todo, do inesperado, do anormal, do simples, do ser.
E o passado vai voltando aos poucos, em passos unicamente velozes mas com a calmaria de uma vida, com a sua cara misteriosa de sempre, trazendo de volta o passado que achei ter passado mas que se tornará novamente presente, igual tal e qual, com a única exceção de mim mesma, que volto ao que sempre tive com o peito que pulsa, a vida que vive, com a alegria de saber que tenho o que passou registrado nos arquivos da alma para além do infinito.

Um comentário:

  1. Ual, Pamela,

    introspecção total, contagiante e bela...

    Uma semana maravilhosa para você!

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